segunda-feira, 27 de julho de 2009

Araraquara - Prefeitura gastou R$ 1 milhão em segurança, em 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009
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Logo no início do ano, prefeito se comprometeu a equipar viatura dos bombeiros; hoje, GM quer mais estrutura


A área de segurança, que prioritariamente deveria ter as necessidades supridas pelo Governo do Estado, recebeu investimentos de R$ 1 milhão da Prefeitura de Araraquara nos primeiros seis meses de 2009. Uma das bandeiras de campanha do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), a área vem, aos poucos, tendo alguns custos assumidos pelo município e pelo Governo Federal, que vê necessidade em manter um atendimento mínimo de qualidade à população.

O coronel José Antônio Spera, secretário municipal de Segurança Pública e comandante da Guarda Municipal (GM), explica que o gasto de R$ 1 milhão da Prefeitura com a segurança, em 2009, pagou serviços à própria Guarda, à Defesa Civil, à Polícia Civil, ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar (PM), em menor escala. No caso da Guarda, por exemplo, até o dia 20 de julho, foram gastos R$ 576 mil em combustível e manutenção das viaturas, salários e outros serviços. A Defesa Civil contou com R$ 4.600, investidos em cursos e em um seminário regional, conforme relatório ao qual a Tribuna teve acesso. “A Prefeitura também ajuda no pagamento de aluguéis de algumas delegacias de polícia da cidade”, diz o coronel.
Até agora, o município desembolsou R$ 55.900 para a locação de imóveis para o 3o e o 4o Distritos Policiais (DPs), na Fonte Luminosa e no Melhado, respectivamente, além de custear o aluguel das três especializadas: Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) e Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Somente o prédio da DIG, que abriga também o Plantão Policial, na Avenida 13 de Maio, na Vila Xavier, já custou R$ 24 mil, só em 2009. A delegada Meirelene de Castro Rodrigues, assistente na Seccional, lembra que os aluguéis das outras unidades são pagos pelo Estado. Hoje, segundo ela, existe uma parceria com a Prefeitura, que está em fase de viabilizar duas psicólogas e outro funcionário para ajudar no atendimento a vítimas de violência doméstica dentro da DDM.
De acordo com o relatório de custos, a Prefeitura gastou ainda R$ 63 mil com telefonia e energia elétrica das unidades policiais. O major Otacílio José de Souza, comandante interino do 13o Batalhão da PM, frisa que existe o pagamento de uma linha telefônica e ressalta que a parceria com o município é importante. Esse gasto, no entanto, deve aumentar com a formalização da base distrital de policiamento em Bueno de Andrada. Lá, a PM cede o policial e a viatura, e a Prefeitura arca com aluguel, energia, água e telefone.
Os bombeiros correspondem ao maior gasto da Prefeitura na área. Em 2009, foram R$ 576 mil com a corporação, sendo R$ 253.800 somente para equipar um novo caminhão auto-bomba (para combate a incêndios) adquirido pelo Estado. Pelo convênio, cabe ao Governo Estadual ceder o bombeiro e parte dos equipamentos. A Prefeitura paga alimentação, telefone, energia, combustível e ajuda com a compra de equipamentos e viaturas. “Aos poucos, os municípios estão criando essa cultura de também pensar em segurança”, finaliza Spera.

Convênio e projetos fazem parte da pauta

A recém-criada Secretaria Municipal de Segurança Pública tem uma série de atividades desenvolvidas neste primeiro semestre e outras já agendadas para os próximos meses. O coronel José Antônio Spera destaca, entre as principais medidas adotadas pelo atual Governo, a criação do Gabinete de Gestão Integrada, que reuniu todas as instituições para discutir segurança e a inclusão de Araraquara no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Com a participação da cidade, o prefeito já levou até Brasília o pedido de verba para a instalação de 250 câmeras de videomonitoramento em Araraquara e, segundo Spera, outros projetos estão sendo encaminhados, entre eles, o pedido de R$ 1 milhão para o reaparelhamento da Guarda, com a compra de coletes, fardas, viaturas e até aquelas armas não letais, também conhecidas como pistolas de choque taser. Um novo terreno para que seja construída a sede da Polícia Federal (PF) está sendo negociado.
Segundo o relatório de atividades, a Prefeitura ainda gastou com o curso de brigadista para os voluntários da Defesa Civil e fez o seminário regional sobre o tema, além de criar a coordenadoria própria. Houve a Conferência Municipal de Segurança, a Semana de Prevenção e Combate a Queimadas Urbanas e a assinatura de convênio para a construção da 1a Companhia de Policiamento Militar, do Núcleo Regional do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML).
Cláudio Dias
Fonte: Tribuna Impressa

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