A maior parte das cidades paulistas não consegue fazer o acompanhamento da saúde das famílias cadastradas da Bolsa Família, um item obrigatório para que as prefeituras recebam recursos financeiros repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social para apoiar o programa.
O acompanhamento inclui procedimentos simples, como a pesagem e medição das crianças e a fiscalização da carteira de vacinação a cada três meses.
A média de acompanhamento no Estado de São Paulo foi de 46% no primeiro semestre, mas algumas cidades apresentam desempenho pior ainda. Em Piracicaba, 75% das famílias não são acompanhadas, em Ituverava, na região de Ribeirão Preto, 76% dos beneficiados não vão aos postos de saúde para os exames e, em São Carlos, a prefeitura não soube informar sobre a condição de 72% dos cadastrados.
A Prefeitura de São Carlos diz que tem dificuldade para encontrar algumas pessoas que mudam de endereço e não atualizam o cadastro e muitas, mesmo quando avisadas, não comparecem aos postos de saúde.
A diretora do Departamento de Gestão Ambulatorial de São Carlos disse que a prefeitura continuará a conscientizar as famílias sobre a importância do acompanhamento. “Vamos continuar empenhando cada vez mais em buscá-los”, disse Maria Tereza Claro.
As cidades que não repassam essas informações para o Ministério do Desenvolvimento Social podem ter prejuízos. “O município pode receber um valor menor ou até mesmo deixar de receber os recursos de gestão”, afirma diretora da Secretária de Renda Cidadã, Camile Mesquita.
Segundo a diretora, as famílias que não estão fazendo o acompanhamento não serão prejudicadas, já que cabe às prefeituras informar e cobrar o cumprimento das regras exigidas.
Fonte: EPTV
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