São Paulo comemora no dia 09 de julho o aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932. Mais do que uma revolução visando os interesses paulistas, os embates com o governo central tinham caráter democrático, pois reivindicavam uma nova Constituição e rechaçavam os rumos discricionários que a Revolução de 30 havia tomado.
A tese é do historiador José Alfredo Vidigal Pontes, que no final do ano passado lançou o livro “1932, o Brasil se revolta”, com farta documentação escrita e fotográfica. Segundo o autor, não faz sentido a propaganda do governo federal na época, de que a revolução de São Paulo tinha caráter separatista. Pelo contrário. Era um movimento em defesa da democracia em todo o país e dos ideais que levaram Getúlio Vargas ao poder em 1930. Uma evidência disso é que o movimento tinha articulações em outros estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais e contava com o apoio velado de oficiais no Rio de Janeiro.
O que São Paulo não concordava, na sua particularidade, era a forma como vinha sendo tratado pelo governo Vargas. Afinal, mesmo tendo apoiado a Revolução de 30, os paulistas sentiam-se hostilizados pelo governo federal, com a nomeação de interventores sem nenhuma relação com o Estado. Manifestava-se assim, segundo o historiador, uma ação preconceituosa contra o Estado por ser ele, desde 1915, o mais desenvolvido da nação, com relações capitalistas concretizadas, em meio a um país agrário, dominado em muitas regiões por coronéis com seus vícios da Velha República – a exemplo do voto de cabresto.
“A crise político-militar de 1932 foi um questionamento profundo do próprio caráter da república brasileira, um confronto aberto entre a democracia, defendida pelos constitucionalistas, e o autoritarismo, praticado por Vargas e apoiado pelos tenentes”, ressalta o historiador, na introdução do seu trabalho. O radicalismo separatista estava restrito a uma minoria, reunida no PRP (Partido Republicano Paulista), partido que já fora dissolvido, mas atuava na clandestinidade.
A insatisfação em relação a Vargas começa a se dar quando o presidente aproxima-se mais dos setores militares que o apoiaram, deixando de lado parcelas importantes de seus aliados políticos, a exemplo do PD (Partido Democrático), de São Paulo. A situação exaspera-se com a nomeação do tenente João Alberto, ainda em finais de 1930, como interventor no Estado, em vez de Francisco Morato, ligado ao Partido Democrático.
Impossibilitado de exercer suas funções devido ao conturbado cenário político, João Alberto renunciou em julho do ano seguinte. O novo interventor, Pedro de Toledo, só seria nomeado em fevereiro de 1932, concomitantemente à publicação do novo código eleitoral. Embora Pedro de Toledo fosse civil e paulista, estava há uma década afastado do Estado, portanto, sem representação junto às forças locais.
Contrariado em seus interesses, o PD decidiu a unir-se ao PRP, seu antigo adversário, formando a FUP (Frente Única Paulista). A deterioração das relações entre o PD e o novo regime atingiu um ponto insustentável em janeiro de 1932, quando o partido rompeu com Vargas e aproximou-se do PRP. Nem mesmo o anúncio de Getúlio, em maio, de que promoveria eleições diretas em um ano, serviram para acalmar os ânimos.
Maio foi um mês particularmente tenso, com pressões políticas se misturando a reivindicações operárias por aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Houve greves de ferroviários da São Paulo Railway e na indústria de calçados. Em 6 de maio, o tráfego de trens entre São Paulo e Santos parou.
No campo político, a Frente Única Paulista fechou acordo com a Frente Única Gaúcha, movimento que também planejava a derrubada do governo central naquele estado. No dia 22, uma forte manifestação marcou a visita de Oswaldo Aranha, ministro da Fazenda enviado por Getúlio Vargas, para nomear um secretariado ligado aos tenentes, que a FUP repudiava.
O ministro telegrafou a Vargas dizendo que ser insustentável a nomeação de um secretariado sem os constitucionalistas. Getúlio aceitou fazer essa concessão para amainar os ânimos, mas isso não foi suficiente. No dia 23 de maio, um confronto que resultou na morte dos jovens Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade, acirrou ainda mais os ânimos. A sigla MMDC, de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, passou a denominar uma sociedade secreta contra o governo central.
Durante todo o mês de junho tentou-se novas negociações dos oposicionistas com o governo federal. Mas o governo se recusava a fazer uma reforma ministerial e nomeou um novo ministro da Guerra, Espírito Santo Cardoso, afinado com os tenentes, oque levou o comandante militar do Mato Grosso, Bertholdo Klinger, a enviar, no dia 1º de julho, um telegrama desaforado ao novo ministro. Entre outras coisas, dizia que Cardoso “nem fez curso de Estado-Maior, de modo que jamais teve necessidade de cogitações de caráter de conjunto sobre os problemas do Exército, mormente em seu entrelaçamento com os demais problemas nacionais”.
Na verdade, Klinger queria provocar a sua demissão, já que havia um acordo de que a punição ou exoneração de qualquer líder constitucionalistas seria a senha para o início da revolução. O comandante enviou emissário a São Paulo para informar que o governo contra-articulava junto às tropas em Mato Grosso e que os revolucionários deiam agir o quanto antes.
A manobra de Klinger, foi precipitada, já que os gaúchos ainda não sabiam se Flores da Cunha, interventor no Estado, iria aderir ao movimento porque Vargas havia liberado verbas para cooptá-lo. Por isso os rebelados do Sul haviam comunicado aos paulistas que a revolução só deveria ter início na segunda quinzena de julho, para que o quadro político ficasse mais claro. Klinger desconhecia essa situação e, exonerado, dirige-se a São Paulo.
Ele havia prometido chegar com seis mil soldados, mas, graças à hábil articulação do governo federal, só 10 homens aderiram ao comandante.
Duas reuniões da cúpula conspiratória em São Paulo, nos dias 7 e 9 , decidiram pelo início do confronto na madrugada do dia 10, tendo como comandante militar o coronel Euclydes Figueiredo, recém chegado do Rio de Janeiro, e comandante-geral Isidoro Dias Lopes, que havia liderado o levante de 1924 (ver matéria na página 3).
Os primeiros confrontos se deram em Passa Quatro, no Vale do Paraíba, quando tropas federais comandadas por Eurico Gaspar Dutra – que seria presidente 14 anos depois – sufocaram os rebelados, e em Itararé, na divisa com o Paraná, onde tropas do Rio Grande do Sul atacaram as posições paulistas.
É curioso notar que, segundo o historiador José Alfredo, os voluntários paulistas que haviam se dirigido a essas regiões esperavam pela adesão dos militares vindos de Minas Gerais, no caso de Passa Quatro, e do Sul, na região de Itararé. Mas as articulaçes do governo federal minaram esses apoios e inverteram o xadrez político.
“Os paulistas que foram para esses locais não tinham prática alguma no manuseio das armas. Eles esperavam pelas tropas do Sul e de Minas achando que viriam como aliadas para marcharem até o Rio e derrubarem o governo. No entanto, os militares, que eram profissionais na utilização das armas, já chegaram atirando”, afirma José Alfredo, para quem não houve possibilidade de resistência nessas frentes.
Decidido a esmagar a revolução, o governo federal ordena às forças armadas o bombardeio aéreo do Campo de Marte, na zona Norte, à cidade de Campinas, uma Usina Hidrelétrica, posições no Vale do Paraíba – entre Bananal e Barra Mansa, interior do Estado do Rio -, e na frente Sul, às cidades de Faxina, Buri e Itapetininga.
O bombardeio mais forte ocorreu em Campinas, onde civis ficaram feridos e um garoto de 10 anos foi morto. Já o Campo de Marte foi alvo de um pesado ataque aéreo porque seus pilotos haviam sido convocados para integrar o Movimento Constitucionalista, juntamente com outros aviadores militares que aderiram à causa.
Além da destruição provocada ao Campo de Marte pelos bombardeios, derrotado o levante, todos os aviões do Campo de Marte foram levados para o Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Além disso a instalação do Parque da Aeronáutica, em 1934, ocupou uma boa parcela da área do Campo de Marte.
Apesar da supremacia das forças governistas – com mais de 300 mil homens contra o exército de 40 mil soldados paulistas - a resistência dos constitucionalistas surpreendeu, mesmo tendo os estoques de armas, munições e equipamentos das guarnições federais no Estado tendo sido transferidos para outros estados, durante o período pré-revolucionário, justamente para evitar que fossem tomados por uma possível sublevação. O motivo para a revolução ter se prolongado até outubro foi o esforço de guerra paulista, que envolveu empresários, engenheiros, operários e os constitucionalistas (veja quadro na página 3).
O saldo da revolução registra mais de 600 mortos e 15 mil feridos ou mutilados. Mas, se São Paulo foi derrotado no que diz respeito aos embates de guerra, o mesmo não se pode afirmar sobre os desdobramentos políticos. Dentre os quais a confirmação das eleições de 1933 e a promulgação da Constituição de 1934, para cuja redação os constitucionalistas deram contribuição importante, já que obtiveram 17 das 22 vagas da bancada paulista para a Câmara Federal Constituinte. No Parque do Ibirapuera foi construído um obelisco em homenagem a Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, onde se encontram enterrados os corpos dos quatro em companhia de outros heróis da guerra.
A tese é do historiador José Alfredo Vidigal Pontes, que no final do ano passado lançou o livro “1932, o Brasil se revolta”, com farta documentação escrita e fotográfica. Segundo o autor, não faz sentido a propaganda do governo federal na época, de que a revolução de São Paulo tinha caráter separatista. Pelo contrário. Era um movimento em defesa da democracia em todo o país e dos ideais que levaram Getúlio Vargas ao poder em 1930. Uma evidência disso é que o movimento tinha articulações em outros estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais e contava com o apoio velado de oficiais no Rio de Janeiro.
O que São Paulo não concordava, na sua particularidade, era a forma como vinha sendo tratado pelo governo Vargas. Afinal, mesmo tendo apoiado a Revolução de 30, os paulistas sentiam-se hostilizados pelo governo federal, com a nomeação de interventores sem nenhuma relação com o Estado. Manifestava-se assim, segundo o historiador, uma ação preconceituosa contra o Estado por ser ele, desde 1915, o mais desenvolvido da nação, com relações capitalistas concretizadas, em meio a um país agrário, dominado em muitas regiões por coronéis com seus vícios da Velha República – a exemplo do voto de cabresto.
“A crise político-militar de 1932 foi um questionamento profundo do próprio caráter da república brasileira, um confronto aberto entre a democracia, defendida pelos constitucionalistas, e o autoritarismo, praticado por Vargas e apoiado pelos tenentes”, ressalta o historiador, na introdução do seu trabalho. O radicalismo separatista estava restrito a uma minoria, reunida no PRP (Partido Republicano Paulista), partido que já fora dissolvido, mas atuava na clandestinidade.
A insatisfação em relação a Vargas começa a se dar quando o presidente aproxima-se mais dos setores militares que o apoiaram, deixando de lado parcelas importantes de seus aliados políticos, a exemplo do PD (Partido Democrático), de São Paulo. A situação exaspera-se com a nomeação do tenente João Alberto, ainda em finais de 1930, como interventor no Estado, em vez de Francisco Morato, ligado ao Partido Democrático.
Impossibilitado de exercer suas funções devido ao conturbado cenário político, João Alberto renunciou em julho do ano seguinte. O novo interventor, Pedro de Toledo, só seria nomeado em fevereiro de 1932, concomitantemente à publicação do novo código eleitoral. Embora Pedro de Toledo fosse civil e paulista, estava há uma década afastado do Estado, portanto, sem representação junto às forças locais.
Contrariado em seus interesses, o PD decidiu a unir-se ao PRP, seu antigo adversário, formando a FUP (Frente Única Paulista). A deterioração das relações entre o PD e o novo regime atingiu um ponto insustentável em janeiro de 1932, quando o partido rompeu com Vargas e aproximou-se do PRP. Nem mesmo o anúncio de Getúlio, em maio, de que promoveria eleições diretas em um ano, serviram para acalmar os ânimos.
Maio foi um mês particularmente tenso, com pressões políticas se misturando a reivindicações operárias por aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Houve greves de ferroviários da São Paulo Railway e na indústria de calçados. Em 6 de maio, o tráfego de trens entre São Paulo e Santos parou.
No campo político, a Frente Única Paulista fechou acordo com a Frente Única Gaúcha, movimento que também planejava a derrubada do governo central naquele estado. No dia 22, uma forte manifestação marcou a visita de Oswaldo Aranha, ministro da Fazenda enviado por Getúlio Vargas, para nomear um secretariado ligado aos tenentes, que a FUP repudiava.
O ministro telegrafou a Vargas dizendo que ser insustentável a nomeação de um secretariado sem os constitucionalistas. Getúlio aceitou fazer essa concessão para amainar os ânimos, mas isso não foi suficiente. No dia 23 de maio, um confronto que resultou na morte dos jovens Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade, acirrou ainda mais os ânimos. A sigla MMDC, de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, passou a denominar uma sociedade secreta contra o governo central.
Durante todo o mês de junho tentou-se novas negociações dos oposicionistas com o governo federal. Mas o governo se recusava a fazer uma reforma ministerial e nomeou um novo ministro da Guerra, Espírito Santo Cardoso, afinado com os tenentes, oque levou o comandante militar do Mato Grosso, Bertholdo Klinger, a enviar, no dia 1º de julho, um telegrama desaforado ao novo ministro. Entre outras coisas, dizia que Cardoso “nem fez curso de Estado-Maior, de modo que jamais teve necessidade de cogitações de caráter de conjunto sobre os problemas do Exército, mormente em seu entrelaçamento com os demais problemas nacionais”.
Na verdade, Klinger queria provocar a sua demissão, já que havia um acordo de que a punição ou exoneração de qualquer líder constitucionalistas seria a senha para o início da revolução. O comandante enviou emissário a São Paulo para informar que o governo contra-articulava junto às tropas em Mato Grosso e que os revolucionários deiam agir o quanto antes.
A manobra de Klinger, foi precipitada, já que os gaúchos ainda não sabiam se Flores da Cunha, interventor no Estado, iria aderir ao movimento porque Vargas havia liberado verbas para cooptá-lo. Por isso os rebelados do Sul haviam comunicado aos paulistas que a revolução só deveria ter início na segunda quinzena de julho, para que o quadro político ficasse mais claro. Klinger desconhecia essa situação e, exonerado, dirige-se a São Paulo.
Ele havia prometido chegar com seis mil soldados, mas, graças à hábil articulação do governo federal, só 10 homens aderiram ao comandante.
Duas reuniões da cúpula conspiratória em São Paulo, nos dias 7 e 9 , decidiram pelo início do confronto na madrugada do dia 10, tendo como comandante militar o coronel Euclydes Figueiredo, recém chegado do Rio de Janeiro, e comandante-geral Isidoro Dias Lopes, que havia liderado o levante de 1924 (ver matéria na página 3).
Os primeiros confrontos se deram em Passa Quatro, no Vale do Paraíba, quando tropas federais comandadas por Eurico Gaspar Dutra – que seria presidente 14 anos depois – sufocaram os rebelados, e em Itararé, na divisa com o Paraná, onde tropas do Rio Grande do Sul atacaram as posições paulistas.
É curioso notar que, segundo o historiador José Alfredo, os voluntários paulistas que haviam se dirigido a essas regiões esperavam pela adesão dos militares vindos de Minas Gerais, no caso de Passa Quatro, e do Sul, na região de Itararé. Mas as articulaçes do governo federal minaram esses apoios e inverteram o xadrez político.
“Os paulistas que foram para esses locais não tinham prática alguma no manuseio das armas. Eles esperavam pelas tropas do Sul e de Minas achando que viriam como aliadas para marcharem até o Rio e derrubarem o governo. No entanto, os militares, que eram profissionais na utilização das armas, já chegaram atirando”, afirma José Alfredo, para quem não houve possibilidade de resistência nessas frentes.
Decidido a esmagar a revolução, o governo federal ordena às forças armadas o bombardeio aéreo do Campo de Marte, na zona Norte, à cidade de Campinas, uma Usina Hidrelétrica, posições no Vale do Paraíba – entre Bananal e Barra Mansa, interior do Estado do Rio -, e na frente Sul, às cidades de Faxina, Buri e Itapetininga.
O bombardeio mais forte ocorreu em Campinas, onde civis ficaram feridos e um garoto de 10 anos foi morto. Já o Campo de Marte foi alvo de um pesado ataque aéreo porque seus pilotos haviam sido convocados para integrar o Movimento Constitucionalista, juntamente com outros aviadores militares que aderiram à causa.
Além da destruição provocada ao Campo de Marte pelos bombardeios, derrotado o levante, todos os aviões do Campo de Marte foram levados para o Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Além disso a instalação do Parque da Aeronáutica, em 1934, ocupou uma boa parcela da área do Campo de Marte.
Apesar da supremacia das forças governistas – com mais de 300 mil homens contra o exército de 40 mil soldados paulistas - a resistência dos constitucionalistas surpreendeu, mesmo tendo os estoques de armas, munições e equipamentos das guarnições federais no Estado tendo sido transferidos para outros estados, durante o período pré-revolucionário, justamente para evitar que fossem tomados por uma possível sublevação. O motivo para a revolução ter se prolongado até outubro foi o esforço de guerra paulista, que envolveu empresários, engenheiros, operários e os constitucionalistas (veja quadro na página 3).
O saldo da revolução registra mais de 600 mortos e 15 mil feridos ou mutilados. Mas, se São Paulo foi derrotado no que diz respeito aos embates de guerra, o mesmo não se pode afirmar sobre os desdobramentos políticos. Dentre os quais a confirmação das eleições de 1933 e a promulgação da Constituição de 1934, para cuja redação os constitucionalistas deram contribuição importante, já que obtiveram 17 das 22 vagas da bancada paulista para a Câmara Federal Constituinte. No Parque do Ibirapuera foi construído um obelisco em homenagem a Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, onde se encontram enterrados os corpos dos quatro em companhia de outros heróis da guerra.
Fonte
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/historia/
1 comentários:
adorei a explicação de vocês
Postar um comentário