Diretores da Associação Comercial e Industrial de Descalvado e o prefeito Luís Antonio Panone reuniram-se com representantes das instituições financeiras instaladas na cidade, com vistas à formação de parceria para a implantação de sistema de monitoramento por câmeras nas áreas externas das agências bancárias. O projeto faz parte de um conjunto de medidas que vem sendo tomadas pela atual administração, objetivando a melhoria da segurança em nosso município. Pela ACID, participaram o presidente da entidade, José Alberto Bonani, e Dani Boarini, gerente administrativo da Associação.
O prefeito solicitou um envolvimento mais intenso por parte das instituições financeiras, não só na aquisição de equipamentos, como também na prospecção de recursos junto aos bancos, para a formação de uma rede virtual de monitoramento. No total, serão instaladas cerca de
O trabalho de incremento à segurança teve início no ano passado, com a aquisição de novas viaturas para as polícias Civil e Militar, troca das lâmpadas das vias públicas e monitoramento das escolas municipais. No início de 2010, o Executivo iniciou estudos para a criação de uma Guarda Civil Municipal. “Precisamos discutir quais ações que vamos tomar a partir dos investimentos feitos pela prefeitura. Nós enviamos ao Legislativo, juntamente com a reestruturação administrativa, um projeto de lei criando a GCM. Vamos realizar um concurso público em julho para a contratação de 17 agentes, e, se tudo der certo, esperamos que até o final do ano a corporação já esteja atuando em Descalvado”, revelou o prefeito.
Segundo Panone, “a Guarda Civil não será armada. O armamento não é possível para as cidades com menos de 50 mil habitantes. Alguns municípios entraram com ação na justiça para rever essa proibição, mas nós estamos dispostos a trilhar pelo mesmo caminho. Não é função da Guarda agir diretamente na repressão à criminalidade. Para isso existe a Polícia Militar, que age na repressão. À Polícia Civil exerce função judiciária. À GCM caberá proteger o patrimônio público e servir de força auxiliar à PM. Se por uma infelicidade um guarda municipal atirar num cidadão, o agente não responderá em foro privilegiado na justiça. E sofrer uma ação – por crime culposo ou doloso – seria extremamente prejudicial aos cofres públicos”.
O chefe do Executivo abordou a questão dos altos recursos que serão arcados pela municipalidade com a criação da GCM. “Vamos comprar viaturas, equipamentos, fardamentos e investir na formação dos profissionais e manutenção da sede da Guarda. Os salários dos agentes e superiores serão atraentes. Portanto, o investimento é alto. Mas, isso vai desonerar a PM, que não vai mais precisar fazer a ronda escolar e poderá atuar no combate à criminalidade”, afirmou o prefeito.
De acordo com o presidente da ACID, Beto Bonani, há algum tempo a entidade vem dialogando com os comerciantes da cidade sobre a possibilidade de formação de uma parceria público-privada na aquisição dos equipamentos de segurança. Para Bonani, a proposta teve aprovação praticamente unânime. “Eles estão sensíveis e engajados”, disse.
Ao final da reunião, os representantes dos bancos mostraram-se interessados em dar prosseguimento ao projeto. Eles solicitaram que fosse elaborado um ofício, que será encaminhado aos seus superiores. Panone agradeceu a presença de todos e reafirmou a necessidade de “se caminhar juntos no combate à criminalidade”.
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