quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bancários de Campinas e Araraquara aderem à greve nacional

quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Bancários entram em greve a partir desta quinta em todo o país - Foto: G1

Funcionários de 50 das 226 agências bancárias de Campinas aderiram ao movimento nacional e paralisaram as atividades nesta quinta-feira (24), para reivindicar 10% de aumento nos salários, além de participação nos lucros e contratação de novos funcionários. Das 50 agências paradas, 30 são de bancos particulares e 20 de bancos públicos – 12 do Banco do Brasil e 8 da Caixa Econômica Federal (CEF). Apesar da paralisação, os reflexos ainda não são sentidos pela população. Em Sumaré, estão fechadas duas agências do BB e uma da CEF. Em Hortolândia uma agência do BB não abriu nesta quinta e em Valinhos, uma agência da CEF permanece fechada. Em Piracicaba, os bancários ainda não aderiram ao movimento.

Ribeirão Preto

O Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto decidiu não aderir à greve da categoria que começou nesta quinta-feira (24) em todo o país. Na sexta-feira (26), os bancários de Ribeirão e região se reúnem em uma assembleia para fazer uma avaliação sobre o movimento. O valor do reajuste oferecido pela Fenaban (Federação Nacional de Bancos) é de 4,5%, mas a categoria reivindica um aumento de 10% nos salários e alteração na participação nos lucros e resultados (PLR).

Araraquara

Os 600 bancários de Araraquara aderiram ao movimento nacional e entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (24). Os grevistas irão percorrer as agências durante a manhã desta quinta-feira e se reúnem à tarde na sede do sindicato, para avaliar a adesão e os novos procedimentos a serem tomados. A categoria exige 10% de aumento nos salários, além de participação nos lucros e contratação de mais funcionários. A Fenaban ofereceu 4,5% de aumento, valor que foi recusado pela categoria.

Capital

No primeiro dia da greve dos bancários anunciada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a adesão era apenas parcial em alguns pontos da capital paulista nesta quinta-feira (24). Na Avenida Paulista, apenas quatro de nove agências visitadas pela reportagem estavam fechadas por volta das 10h30. Em algumas delas, representantes do sindicato tentam convencer funcionários a aderir à paralisação. Já nas ruas da Vila Mariana, a reportagem passou por oito agências bancárias no mesmo período, e todas estavam abertas.

Paralisação

Os bancários de todo o país anunciaram greve a partir desta quinta, seguno a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A decisão foi tomada em assembleias realizadas pelos bancários nesta quarta-feira à noite em todas as capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior. De acordo com a entidade, os trabalhadores têm as seguintes reivindicações: aumento real de salário, maior participação nos lucros, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho. “É inadmissível que os bancos, com seus altos lucros e com o pagamento de bônus milionários a seus executivos, queiram reduzir os salários e a participação nos lucros dos bancários", diz Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Negociações

De acordo com a Contraf, a decisão pela greve foi tomada depois que foi rejeitada a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%, que repõe as perdas somente com a inflação dos últimos 12 meses. A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela greve. "A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto e, após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada, que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e ignora as outras demandas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional. Na avaliação do sindicalista, trata-se de uma postura inaceitável para o setor "que obteve os maiores lucros de toda a economia brasileira no primeiro semestre e alcançou a maior rentabilidade de todo o sistema bancário das Américas". Na quarta-feira, o diretor de Negociações Trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que "a declaração de greve dos bancários é completamente indevida". "É muito esquisito que eles recebam uma proposta, mandem um comunicado por e-mail dizendo que o comando recusou a proposta e marquem greve. A negociação está aberta, não foi fechada, não houve impasse", argumentou. "O que esperamos é que eles apresentem uma contraproposta a isso que nós apresentamos.

Fonte: EPTV

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