Na tarde desta sexta-feira, Élio Neves, 51, presidente da Federação dos Empregados Rurais do Estado de São Paulo (Feraesp), que foi vítima de um atentado na tarde do domingo passado no sítio da família Ribeirão Bonito, deixou o hospital São Paulo em Araraquara. Ainda com a bala alojada no pescoço, próximo a coluna cervical, o sindicalista foi encaminhado para a sede do sindicato em Araraquara, onde ao lado de um dos filhos, prestou oficialmente seu primeiro depoimento ao delegado Geraldo Souza Filho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos que já teria ouvido informalmente o sindicalista no hospital. Também ao lado de um assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o sindicalista deu detalhes sobre o dia em que sofreu o atentado, falou sobre sua vida e do sindicato que preside.Inquérito policial O depoimento que durou aproximadamente duas horas, faz parte do inquérito policial que corre pela DIG em São Carlos. Ainda no final da tarde desta sexta-feira fontes próximas ao presidente Lula, o informaram por telefone sobre a liberação do amigo sindicalista e do teor de seu depoimento dado ao delegado Geraldo Souza Filho. Também a cúpula da Polícia Civil vem sendo informada dos trabalhos nas cidades de Ribeirão Bonito, Araraquara e São Carlos. Reconstituição No início da noite Geraldo, concordou em falar com a reportagem e disse que não poderia dar detalhes das investigações que prosseguem durante todo o final de semana nas três cidades. O titular da DIG de São Carlos, ainda informou que na próxima semana deverá realizar a reconstituição do crime em Ribeirão Bonito, para que os policiais recolham informações de detalhes que já estão dentro do inquérito policial que corre por São Carlos. Hipóteses Ele diz que todas as hipóteses para um crime político, passional, ou qualquer que seja o motivo já está encaminhado, pois, um suspeito já está identificado e no momento certo será ouvido para falar sobre a tentativa de homicídio. Suspeito Élio Neves, 51, passava o final de semana no sítio da Serra, localizada na área rural de Ribeirão Bonito, em companhia de Silvia de Castro, sua ex-esposa. Ela que deverá ser ouvida oficialmente na próxima semana na DIG de São Carlos, diz que lavava a louça na cozinha quando um homem encapuzado, armado com um revólver entrou pela porta dos fundos e após rendê-la com a arma em punho e apontada para sua cabeça, teria a indagado sobre o sindicalista. Na seqüência do crime, o marginal a mandou para fora do imóvel e, temendo a própria vida Silvia, teria saído. Ela conta que segundos após teria ouvido o disparo de uma arma de fogo. Nos levantamentos policiais, Élio Neves, estaria deitado no sofá da sala quando foi atingido pelo tiro a queima roupa que atingiu sua nuca e o projétil alojou-se na região da coluna cervical. A ex-mulher do sindicalista teria dito que possivelmente havia um outro elemento junto com o atirador porque este gesticulava muito como se mandasse outra pessoa vigiar a porta da frente. Ela conta que sua primeira reação foi gritar para o caseiro do sítio e ambos entraram na sala e viram o sindicalista rastejando em meio a possa de sangue. O sindicalista gravemente ferido, foi colocado no veículo da família e encaminhado para a emergência do hospital São Paulo em Araraquara. O delegado Geraldo Souza Filho, informou que as investigações prosseguem e nos próximos dias outras pessoas serão ouvidas também na cidade de Araraquara.
Fonte: www.noticentro.com.br
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