sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ibaté - Ambulatório Municipal de Saúde Mental promove atividades de ressocialização

sexta-feira, 16 de outubro de 2009


Com o objetivo de reintorduzir o indivíduo na sociedade, ambulatório promove atividades terapêuticas

Tendo em mente a socialização do indivíduo e reinserção do mesmo na sociedade, o Ambulatório Municipal de Saúde Mental de Ibaté realizará, na próxima sexta (16), o “Dia da Macarronada”. Essa atividade tem como meta a reintegração, na sociedade, do indivíduo com problemas de saúde mental.
De acordo com a terapeuta ocupacional do ambulatório, Alana de Paiva Nogueira Fornereto, a iniciativa tem trazido bons resultados. “Temos desempenhado diferentes atividades, sempre às sextas-feiras. Em nossa primeira oficina, realizamos recortes e fizemos uma ‘árvore da família’. Essa semana traremos um macarrão semi-pronto e os pacientes terminarão de fazê-lo, no ambulatório”. Ela explica que a principal finalidade é que os pacientes saiam de casa e tenham contato outras pessoas. “As pessoas que frequentam o ambulatório sentem-se pouco produtivas. Esse tipo de proposta visa à saúde mental do paciente, fazendo com que ele sinta-se útil e produtivo, novamente”, declara.
Os participantes fazem parte do grupo de pacientes que vão ao ambulatório, por diferentes motivos. Alguns estão ali para consultas psiquiátricas, outros por atendimento individual com a psicóloga ou, ainda, para participação nos grupos de terapia ocupacional. “A intenção é juntar todos os pacientes, para que eles se conheçam e compartilhem essa experiência de socialização”, diz Alana.
Preconceito
Alana conta que ainda existe um grande preconceito, ao se associar a imagem de pessoas com problemas de saúde mental a loucos. “Diferente do que muitos pensam, os frequentadores do ambulatório não são loucos. Temos aqui diferentes níveis de problemas mentais, que podem ser desde pessoas que estão recuperando-se de um luto, como outras com surtos psicóticos. São diferentes casos, com distintos níveis de gravidade”.
Ela lembra que a falta de conscientização não falta apenas em relação à sociedade, mas aos próprios pacientes. “Muitos chegam aqui e acham que a cura está, somente, nos remédios. Eles precisam compreender que os remédios são necessários, mas também de igual importância são as atividades sociais que realizamos, que irão trazer o conforto psicológicos aos pacientes, muitas vezes até melhor do que os remédios que estes consomem”. Ela completa dizendo que, durante as atividades, o principal diagnóstico é descobrir como e quanto os problemas mentais influenciam no cotidiano de cada um dos pacientes. “Cada pessoa reage de uma maneira. Os problemas podem ser causados tanto por fatores externos, como por internos. De qualquer forma, estamos sempre trabalhando de tal forma a dar a maioria desses pacientes uma melhora significativa de vida”, finaliza.


Fonte: Prefeitura Municipal de Ibaté

0 comentários:

 
◄Design by Pocket, avn. Distributed by Deluxe Templates